Data de Fundação: 20 de Janeiro de 1758

258 anos de história!

Em Santo Antônio do Monte...


População: 27.752 (IBGE 2015)
Taxa de crescimento anual estimada: 2,0% (IBGE)
População masculina: 13.205 = 50,81% (IBGE 2010)
População feminina: 12.784 = 49,19% (IBGE 2010)
População Urbana: 22.205 = 85,44% (IBGE 2010)
População Rural: 3.784 = 14,56% (IBGE 2010)
Número de Eleitores: 17.438 (TSE - Novembro/2009)
IDH: 0,779 médio (Fonte PNDU 2000 Brasil)
IDHM: 0,724 médio (Fonte ONU 2013)
PIB: R$ 176.976.000 (IBGE 2005)
Renda per capita: R$ 6.575,00 (IBGE 2005)
Localização: região centro-oeste de Minas Gerais
Área: 1.125,78 km² (IBGE 2015)
Densidade demográfica: 23,07 hab/km² (IBGE 2015)
Altitude: 1.052 m
Fuso horário: UTC-3
Latitude: -20° 05' 14''
Longitude: 45° 17' 37''

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

07 - Mapa da Localização de Santo Antônio do Monte-MG


Este mapa mostra a localização de Santo Antônio do Monte.

Fonte: Wikimaps


quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

História da Comunidade de Bom Jardim


Bom Jardim é uma comunidade localizada entre os municípios de Santo Antônio do Monte e Pedra do Indaiá, sendo cortada pelo Rio Cachoeira, que desce da região da Maçaroca e é divisa natural entre os dois municípios. Dentro do município de Santo Antônio do Monte, a localidade de Bom Jardim faz limites com as localidades da Maçaroca, da Lajinha e de Camargos, sendo que esta última também possui terras pertencentes ao município de Pedra do Indaiá. A sede da localidade de Bom Jardim é a capela dedicada ao seu padroeiro, São Sebastião, a qual encontra-se localizada em terras atualmente pertencentes ao município de Pedra do Indaiá estando, contudo, a menos de quinhentos metros de distância da divisa com o município de Santo Antônio do Monte.

De acordo com a tradição, a capela de São Sebastião foi construída por escravos no início do século XVIII. Entretanto, não há nenhum documento que trate a respeito da sua construção. Tudo que resta são fontes orais, as quais permanecem na memória dos moradores mais antigos da comunidade. Por exemplo, segue o depoimento de um morador cuja família reside há gerações em Bom Jardim:
“Eu José Ferreira Filho (Zé Quinca), nascido no dia 09 de Agosto de 1928, com 81 anos de idade; declaro que conheço a capela a mais de 70 anos. Comecei a ir à fazenda do Portel guiando boi para meu avô Vicente Jerônimo com 10 anos de idade, e passava perto da capela. Depois eu ia às missas lá, desde 1940, as missas eram de muita gente, enchia a Igreja, iam todos a cavalo, porque não existia carro naquela época. Eu ia a cavalo, com o Padre João Bruno Barbosa. Naquela época havia batizado, até casamento. Em 1950 ouve o primeiro recenseamento do Brasil; eu fui recenseador. E perguntam pelos idosos daquela época, como por exemplo o Sr. Francisco Cabral, o Florísio, o Juca Vieira, se eles lembrava de quando foi construída a capela, eles não sabiam a data exata, mas falava que ela tinha sido construída no início do século 18, mas não sabiam por quem, e também não sabiam quem tinha doado o terreno. Ela passou por muitas reformas, ela era de telha cumbuca, o senhor Narcísio (Cizico), foi um dos tesoureiros que ficou responsável pela capela mais tempo, foi tesoureiro durante muitos anos, foi ele quem fez a troca do telhado, de telha cumbuca para telha francesa. As missas eram muito movimentadas, muita gente, havia leilões, e até venda ao redor da Igreja, o povo fazia. José Ferreira Filho, depoimento escrito em 10/07/2009.”
Este depoimento encontra-se publicado no sítio da Comunidade Bom Jardim, com link para acesso no final deste artigo.
Com relação a fontes documentais escritas, a primeira e mais antiga encontrada até hoje é uma referência à capela do Bom Jardim feita no documento “Limites da atual Freguesia do Senhor Bom Jesus de Pedra do Indaiá, de Itapecerica”, o qual trata da criação do Curato de Bom Jesus de Pedra do Indaiá, que se deu em 30 de Dezembro de 1917. Até essa data, a capela do Bom Jesus estava filiada à paróquia de Santo Antônio do Monte e, o que se deduz daí é que a também capela de São Sebastião de Bom Jardim estava sob a jurisdição da paróquia de Santo Antônio. Na época, o Monsenhor Otaviano era o pároco de Santo Antônio do Monte e, pelo que as pessoas mais antigas de Bom Jardim diziam, parece que ele fazia visitas constantes à localidade.
Um ponto a ser levantado aqui é o da suposta data da construção da capela de São Sebastião. Que sua construção seja bastante antiga, não há dúvida alguma, a começar pela própria forma arquitetônica e também pelos elementos decorativos internos. Entretanto, considerar que tenha sido construída no início do século XVIII parece não ser muito adequado. Ora, a região de Santo Antônio do Monte começou a ser povoada somente em meados do século XVIII. Um dos desbravadores das regiões nas proximidades da atual Itapecerica, chamado Feliciano Cardoso de Camargos, do qual talvez derive o nome da localidade de Camargos, nas vizinhanças de Bom Jardim, somente chegou a essas terras depois de 1737. É preciso ainda considerar que a primitiva igrejinha dedicada a São Miguel, em Pedra do Indaiá, provavelmente data do ano de 1776.
Desta maneira, o que se pode concluir é que a capela de São Sebastião de Bom Jardim certamente não foi construída no início do século XVIII. Contudo, pode perfeitamente ter sido construída no início do século XIX. Se sua construção for considerada do século XIX, fica mais fácil entender suas características arquitetônicas. Ora, trata-se de um templo sem nenhuma torre. Internamente, os elementos decorativos ainda apresentam resquícios do barroco, embora não com o esplendor das igrejas coloniais mineiras. Pode-se dizer que seja um estilo mais tardio. Um exemplo pode ser encontrado na matriz de Nossa Senhora dos Remédios, em Paraty, no estado do Rio de Janeiro. Aquela igreja matriz teve sua construção iniciada na segunda metade do século XVIII, precisamente em 1787.
Não se sabe também quem foi o doador do terreno, um pequeno quadrilátero numa na encosta de uma colina suave, no qual a capela foi construída. Infelizmente, também não registros de quem a projetou e de quem executou a obra.
O que foi afirmado acima não desconsidera de forma alguma o que permanece na memória das pessoas mais idosas que vivem na comunidade de Bom Jardim. As pessoas de idade mais avançada que moram na região nasceram ainda na primeira metade do século XX e, assim, seus avós e bisavós viveram algumas dezenas de anos antes. Alguns, sem dúvida, foram pessoas que presenciaram a construção da capela. Certamente, muitos colaboraram direta ou indiretamente em sua construção.
A partir de 2003, os moradores e proprietários de sítios e fazendas da comunidade resolveram realizar uma restauração completa e adequada na capela. Para custear a obra, foi organizada uma comissão para angariar os fundos necessários através de doações, da organização de leiloes, festas e barraquinhas. Tudo isso possibilitou a recuperação da estrutura do templo, baseada em esteios, bem como de sua cobertura, portas e, ainda, foi instalado um novo púlpito.
Essa recuperação esteve sob a coordenação do técnico Edson Ribeiro Ferreiro.
Outro passo importante foi a construção de um sítio na internet, sob a responsabilidade de Rômulo Santos. Esse sítio tornou-se o local para divulgação de fotos e vídeos das festas e procissões em louvor ao padroeiro da comunidade, que passaram a ser realizadas anualmente a partir de 2005.
Durante muitas décadas, a capela de São Sebastião foi a única na região. Ora, nas localidades circunvizinhas, tanto no município de Santo Antônio do Monte quanto no de Pedra do Indaiá, não havia nenhuma capela. Na prática, entre as cidades de Santo Antônio do Monte, Pedra do Indaiá, Formiga e também Arcos, a capela de São Sebastião era a única. Nas localidades vizinhas foram construídas capelas bem depois, isto é, já em pleno século XX. Por isso, pode-se deduzir a importância da capela do Bom Jardim para toda a região.
Por outro lado, considerando-se que ela fora um ponto importante desde o século XIX, por quê em seu redor não se desenvolveu uma vila e, quem sabe, até mesmo chegando esta a se tornar uma cidade? Ora, em torno de capelas bem mais recentes no município de Santo Antônio do Monte desenvolveram-se povoados razoáveis, como é o caso de Ponte Nova, Espraiado e São José das Rosas. Entretanto, em Bom Jardim isto não aconteceu. Geograficamente, a região está bem localizada, ficando entre as cidades de Santo Antônio do Monte, Pedra do Indaiá, Formiga e Arcos. Tanto que há uma estrada passando no local que liga Santo Antônio do Monte a Formiga e outra que vai até Arcos. Mais ainda, Bom Jardim está a mais de vinte quilômetros de Santo Antônio do Monte, Formiga e Arcos. De Pedra do Indaiá, dista pouco mais de dez quilômetros. Portanto, está situada num local que perfeitamente poderia ter se desenvolvido até se tornar um povoado. Mas, então, por que isso não aconteceu?
Talvez a principal razão seja porque a terra doada para o patrimônio da capela tenha sido uma área extremamente pequena, apenas o suficiente para o templo e um largo amplo ao seu redor. Assim, não houve como pessoas construírem e se estabelecerem ao redor da capela. Um segundo motivo, não menos importante, é que não foi construída uma escola ao lado da capela, nem mesmo em meados do século XX, quando as prefeituras começaram a estabelecer pequenas escolas em comunidades rurais. Também não foi construído um posto de saúde ou, por parte da iniciativa privada, não foi criado nenhum estabelecimento comercial nas imediações.
Desta forma, o surgimento de um povoado nas imediações da capela nunca pôde se realizar. Se tivesse surgido, hoje certamente seria um povoado muito bonito, localizado numa suave colina! E tendo o belo nome de Bom Jardim!

Referências bibliográficas:

http://www.comunidadebomjardim.com.br/historia.php

http://www.comunidadebomjardim.com.br/paroquia.php

Nilson Antônio da Silva

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Padre Paulo Michla


Peter Paul Michla, cônego, que ficou conhecido como Padre Paulo, nasceu na cidade de Klausberg O.S., em 29 de Junho de 1911, sendo filho de Augusto e Maria Michla. Supostamente, a cidade de Klausberg localiza-se em território alemão. Entretanto, a certidão de nascimento de Peter Paul Michla continha um carimbo e selo da Tchecoslováquia. Aqui vale dizer que a extinta Tchecoslováquia foi criada somente em 1918 a partir da junção de territórios da Áustria e da Hungria. Esse país, em 01 de Janeiro de 1993, separou-se pacificamente em dois novos países, a Eslováquia e a República Tcheca.

Existe uma localidade denominada Klausberg no distrito alemão-prussiano de Landkreis Beuthen-Tarnowitz. Por outro lado, a cidade de Zabrze, que fica na Alta Silésia, no sul da Polônia, faz limites com uma localidade chamada Klausberg.

Na Baviera (Bayern) há uma localidade também denominada Klausberg, a qual está situada no Naturpark Frankische Schweiz-Veldensteiner Forst, próxima à rodovia E51, bem perto de Plech. Este parque natural fica nas proximidades de Nuremberg, entre esta cidade e a cidade de Bayreuth. Um mapa datado de 1911 mostra esta região como pertencente à Baviera, ou seja, ao então território alemão, e também próximo ao que seria futuramente a Tchecoslováquia. E, atualmente, esta localidade fica numa região próxima à República Tcheca. Esta localidade fica a cerca de quarenta quilômetros tanto de Bayeruth quanto de Nuremberg. Assim, parece ser esta localidade a que foi o local de nascimento de Padre Paulo.

Peter Paul formou-se em Teologia aos trinta e seis anos de idade pela Universidade de Dillingen em 17 de Fevereiro de 1938. Esta universidade foi fundada em 1549 pelo Cardeal Otto Truchsess Von Waldburg, Príncipe-bispo de Augsburg entre 1543 e 1573. Também é chamada de Dillingen an der Donau.

Em 06 de Julho de 1938, Peter solicitou ao Consulado do Brasil em Berlim um visto para sua entrada no Brasil, o qual foi devidamente aprovado. Em outubro daquele mesmo ano, ele estava chegando ao Rio de Janeiro e, em dezembro, chegou a Minas Gerais. Sua ordenação sacerdotal se deu na Catedral de Luz no dia 31 de Dezembro de 1939, tendo sido realizada pelo então bispo diocesano Dom Manoel Nunes Coelho. Inicialmente, foi nomeado vigário de Carmo do Paranaíba e, mais tarde, foi transferido para Bom Despacho e Moema. Em fins de 1942, ele veio para Santo Antônio do Monte, onde assumiu como vigário paroquial em 01 de Janeiro de 1943.

Um dos primeiros atos de Peter, já então sendo chamado de Padre Paulo, foi criar a Congregação Mariana, o que se deu em 28 de Março de 1943. Essa congregação tinha por objetivo a divulgação de Nossa Senhora e, por esta razão, entre outras coisas, realizou várias romarias para Aparecida, em São Paulo. Essas romarias eram realizadas em locomotivas e, a partir da análise de fotos, constata-se que os trens partiam da estação de Santo Antônio do Monte lotados. Em Julho de 1955, o Padre Paulo levou diversos santoantonienses ao Rio de Janeiro, então capital da república, para participarem do “XXXVI Congresso Eucarístico Internacional do Rio de Janeiro”.

Em Santo Antônio do Monte, o Padre Paulo fundou a Santa Casa de Misericórdia, o Colégio Doutor Álvaro Brandão, o Colégio Corália Brandão, este último já extinto. Fundou também um jardim de infância e um colégio para os mais carentes.

A Santa Casa de Misericórdia foi inaugurada em Janeiro de 1954, tendo sido construída a partir de donativos tanto de estrangeiros quanto dos habitantes da cidade. Seu primeiro médico foi Wilmar de Oliveira que, inicialmente, residiu com sua esposa na casa paroquial.

Em 1954, aconteceu a visita pastoral do então bispo diocesano Dom Manoel a Santo Antônio do Monte, durante a peregrinação da imagem de Nossa Senhora de Fátima. Na ocasião, foram realizadas grandes procissões, sendo que numa delas a imagem foi conduzida em procissão saindo da igreja matriz até a sede da recém fundada Escola Senhora de Fátima, passando pela “Rua Nova”, a atual Avenida Magalhães Pinto. Naquele mesmo ano, em 12 de novembro, o Papa Pio XII concedeu o título de Basílica Menor ao santuário de Fátima, em Portugal, no breve “Luce Superna”.

O Ginásio Estadual Doutor Álvaro Brandão foi fundado, através de uma parceria com o governo do estado, em 15 de Dezembro de 1965, tendo iniciado suas atividades no ano seguinte com um total de 293 alunos. Inicialmente, funcionou na antiga Casa Paroquial e, somente alguns anos depois, o Padre Paulo construiu a sede definitiva da escola com donativos estrangeiros. A antiga casa paroquial ficava situada na Rua Benjamin Constant, no centro e, em meados da primeira década do século XXI, foi demolida. Já então não pertencia mais à paróquia. Esta escola mantinha, inicialmente, o ensino de quinta à oitava séries do primeiro grau. Posteriormente também passou a oferecer o ensino de segundo grau. Padre Paulo dirigiu esta escola desde sua fundação até 1980.

A construção do Ginásio Estadual de Pedra do Indaiá também se deve à iniciativa de Padre Paulo.

O Colégio Corália Brandão foi fundado em 03 de Novembro de 1970, tendo sido fruto de convênio entre a prefeitura de Santo Antônio do Monte e o governo de Minas Gerais. Inicialmente também chamava-se “Colégio Profissionalizante de 2º Grau Doutor Álvaro Brandão” e, somente em 1978, passou a se chamar Colégio Corália Brandão. As atividades foram iniciadas em 15 de Março de 1971 com 53 alunos e, no começo dos anos 80, foram encerradas. Durante o tempo em que esteve funcionando, a direção também foi exercida por Padre Paulo.

Em 1976, Padre Paulo fundou a escola infantil “Jardim de Infância Maria Michla”, a qual funcionou até meados dos anos 80, quando foi extinta, nas dependências da sede de uma loja maçônica.

Fundou ainda um asilo para idosos carentes e, entre os anos de 1964 a 1970, manteve a Casa da Criança, que foi uma instituição que acolhia e abrigava crianças enviadas de Belo Horizonte pela FEBEM - Fundação Estadual de Bem-Estar do Menor.

Em 1957, o Padre Paulo levou para Santo Antônio do Monte o primeiro aparelho de TV, sendo então iniciada a obra de construção da torre de retransmissão. Porém, somente cinco mais tarde, em 1962, esta seria inaugurada.

Em 14 de Agosto de 1961, Padre Paulo deixou de ser o pároco de Santo Antônio do Monte, passando a dedicar-se exclusivamente às obras sociais e educacionais que mantinha. Durante toda sua vida em Santo Antônio do Monte, ele manteve estreitos relacionamentos com autoridades políticas tanto a nível municipal quanto estadual, o que lhe possibilitava manter em funcionamento suas diversas obras sociais e educacionais.

Escreveu muito sobre Nossa Senhora, sendo que seus escritos foram enviados a um bispado da Alemanha. Sua devoção a Maria Santíssima era fervorosa e o zelo para com a mesma mostrou-se intenso durante toda a sua vida. Talvez tenha sido por essa razão que ele proibira os festejos do reinado, isto é, congadas, durante o tempo em que esteve em Santo Antônio do Monte. As celebrações do reinado, mesmo tendo sido regulamentadas havia alguns anos antes pelo Monsenhor Otaviano, normalmente eram palco de exageros no que se referia a bebidas, danças e cantorias que nada tinham a ver com a doutrina católica. De uma maneira geral, não só em Santo Antônio do Monte como também em vários outros lugares, as festividades de congadas possuem caráter muito mais folclórico e popular, ou seja, profano, do que religioso propriamente dito.

Ao viajar à Alemanha em fevereiro de 1980, época em que uma irmã sua havia falecido, o cônego também veio a falecer, no dia 03 de Março de 1980. Seu corpo foi sepultado em Wolfenbüttel, capital do distrito de mesmo nome do estado da Baixa Saxônia. Wolfenbüttel fica a cerca de 80 quilômetros a sudeste de Hannover. Hannover é a capital do estado da Baixa Saxônia, ou Niedersachsen, em alemão.

Não há dúvidas de que o Padre Paulo tenha sido um grande empreendedor nos campos sociais e educacionais durante todo o tempo em que esteve em Santo Antônio do Monte. Suas iniciativas, com a fundação do hospital, das escolas e creches, foram decisivas para o desenvolvimento da cidade. Numa época em que o país dava seus primeiros passos rumo à industrialização e à rápida urbanização, os empreendimentos de Padre Paulo constituíam a base para que a cidade pudesse acompanhar os novos tempos. Para o Padre Paulo, a educação e o bem-estar social eram fundamentais para a pessoa viver dignamente. Suas obras são o testemunho desta maneira de pensar que, muito mais do que apenas pensar, tornaram-se concretas e trouxeram benefícios aos moradores de Santo Antônio do Monte.

Na memória das pessoas que conheceram e conviveram com o Padre Paulo, permanecem registrados fatos cotidianos que deixam transparecer sua personalidade. Para uns, ele foi uma pessoa extremamente severa; por outro lado, pessoas que conviveram mais intimamente com ele dizem ter sido severo sim, mas não difícil de conviver. Pode-se afirmar, então, que foi uma pessoa determinada, que acreditava em suas idéias e por elas lutava até o fim.

Atualmente, há em Santo Antônio do Monte uma escola de ensino fundamental e uma rua que receberam o nome de Padre Paulo. A escola está localizada no bairro São José e a rua localiza-se no bairro Senhora de Fátima.

Referências bibliográficas:

MORAES, Dilma. Santo Antônio do Monte: doces namoradas, políticos famosos. Belo Horizonte: Minas Gráfica Editora, 1983.

SILVA, Daniel Rodrigues da. Acervo fotográfico. Santo Antônio do Monte: 200?.

http://www.teleon.com.br/~michla/o_nome_michla.htm

http://www.biblioteca.pucminas.br/teses/Educacao_MeloPE_1.pdf

http://oce.catholic.com/oce/browse-page-scans.php?id=477ed4b8a7c14bc6a02c0498e339d645

http://www.catholic.org/encyclopedia/view.php?id=3867

http://www.vatican.va/holy_father/pius_xii/speeches/1955/index_po.htm

http://www.pbase.com/image/30902190

http://www.fatima.pt/portal/index.php?id=1311


Nilson Antônio da Silva